A pandemia da COVID-19 desacelerou todos os setores da sociedade. As incertezas tomaram conta das famílias e gestores públicos. O “como será o novo normal” ainda não tem resposta. Estamos em meio à maior crise sanitária mundial que já ultrapassa dez meses.

Aqui no Estado de São Paulo, a quarentena foi instalada já na segunda quinzena de março. Decreto homologado, escolas, locais de lazer, centros esportivos, clubes e parques foram fechados.

O mundo esportivo foi diretamente impactado com a suspensão dos jogos das diversas modalidades, bem como a prática de jovens, adultos e crianças precisou acontecer de modo remoto. Os profissionais do Projeto Na Cesta se desdobraram para que os alunos mantivessem a motivação ao longo do isolamento social.

Fácil não foi. Porém com empenho diário e amor ao esporte, foi possível manter a prática esportiva entre eles e mais, envolver também toda a família neste momento. Aliás, muitos pais agradeceram a comissão técnica das equipes feminina e masculina, pois, segundo muitos deles, “a prática virtual do basquete integrou a família e os ajudou muito a aceitar esse momento ímpar em que o mundo está vivendo”.

Declarações assim fizeram com que os professores e coordenadores do Projeto Na Cesta tivessem a certeza do legado que deixaram na vida dos alunos e de suas famílias, em especial neste que foi um dos mais complicados ano para a comunidade esportiva.

Palavras usuais do esporte como ‘superação’, ‘comprometimento’ e ‘persistência’, valores presentes nos treinos e competições, nunca fizeram tanto sentido na vida dessas crianças e jovens. A motivação foi essencial e comprovaram que o esporte muda e salva a vida das pessoas.

“Foi um ano em que todos precisaram ir além de suas capacidades. Aprendemos novas habilidades e desenvolvemos novas competências necessárias pelo distanciamento social, imposto pela pandemia. O legado que fica é que só com a ação conjunta, respeitando todos que estão ao nosso redor, levando em consideração vulnerabilidades e especificidades, iremos superar esse momento difícil”, declarou o supervisor da equipe feminina, Fernando Veiga.

Uma das preocupações centrais também do Projeto Na Cesta foi com que os conteúdos on-line fossem objetivos e claros, para que os alunos pudessem entender da melhor maneira possível o que os treinadores estavam pedindo.

“Foi uma experiência diferente neste ano atípico, lidando com treinos on-line e com a preocupação de montar esses treinos facilitando a rotina deles para que pudessem desenvolver suas habilidades mesmo em espaços reduzidos, como em apartamentos. Fiquei contente com a equipe, pois todos atenderam aos nossos pedidos. Claro que eles sentiram a falta de estarem em quadra, de estarem perto uns dos outros e da adrenalina do jogo, porém foi um momento muito importante para o amadurecimento do grupo”, finalizou a técnica das equipes masculinas, Monique Poles.

A motivação do Na Cesta segue. Por isso, neste final de ano a proposta para os alunos foi de continuar acompanhando o Basquete de alto rendimento, como o NBB, competição que está em andamento no Brasil. Mesmo com o encerramento das aulas oficiais, os alunos mantém os grupos de whatsapp para trocarem ideias sobre os jogos e o basquete.

Ademais, a Associação dos Funcionário Públicos agradece o apoio e confiança das empresas patrocinadoras, da Secretaria de Esportes e do Governo do Estado de São Paulo.